O magnífico Cony 

Eu acredito que cada pessoa nesse mundo desenvolve a admiração por alguém ou por vários alguéns; por um artista, um músico, um professor e por aí vai. Os motivos são variados, mas todos convergem para a questão da simpatia. Simpatizamos com a arte produzida pelo artista, a música gerada pelo cantor, a forma de ensinar de um professor, a graciosidade de um parente. No meu caso, eu admiro muitas pessoas que passaram e que ainda fazem parte da minha vida. E hoje eu quero falar um pouco sobre um escritor, que para mim é um mito, e é sinônimo de uma criatividade fora da curva, e de uma história invejável para escritores iniciantes, como eu! Apresento a você um pouco sobre a vida, a obra e a acidez encantadora de uma lenda da literatura, que tem como nome de batismo Carlos Heitor Cony.

Dono de frases um tanto quanto céleres, do tipo “sou um anarquista inofensivo”, Carlos Heitor Cony nasceu em 1926 e morreu no ano de 2018, na cidade do Rio de Janeiro. Ele contemplou um estilo próprio e peculiar, sempre permeado pela ironia e o humor sarcástico, Cony conquistou admiradores no mundo inteiro.

Brazilian National Archives, Public domain, via Wikimedia Commons

A vida de Carlos Heitor Cony

Cony começou a falar aos cinco anos, teve uma concreta formação acadêmica, nunca teve posição política, foi seminarista, preso algumas vezes na época da ditadura, casou e teve três filhos, trabalhou como jornalista, escreveu vários romances, algumas crônicas e um tanto de contos, e no ano de 2000 foi coroado para uma cadeira da Academia Brasileira de Letras. Não posso deixar de falar que ele ganhou vários prêmios oriundos das suas obras literárias.

Romances de Cony

Cony Iniciou sua vida profissional como servidor público, trabalhando na área de comunicação. No auge dos seus trinta anos ele escreveu o seu primeiro livro; um romance nomeado O Ventre. Na época em que O Ventre foi lançado, Cony usou o pseudônimo de Luís Capeto.

Passados quase 50 anos após o primeiro romance, Cony, no ano de 2007 lançou o livro A Morte e a Vida, que foi o seu último romance publicado, em vida!

Contos e crônicas

Esse nosso maravilhoso escritor também lançou algumas crônicas e contos, sempre utilizando o seu estilo sofisticado nas palavras e expressões. Vale dizer que Cony é considerado um dos mais renomados cronistas do Brasil. 

Brazilian National Archives, Public domain, via Wikimedia Commons

“Vivo como posso, e posso porque tenho ideias”

Essa é a frase de Cony que eu mais gosto, e quanto mais eu leio as suas obras, mais desenvolvo ideias.

Infelizmente Cony nos deixou no ano de 2018, mas sua obra nunca será esquecida. Inclusive a família dele encontrou manuscritos de um livro e acabou decidindo lançar, exatamente 4 anos após a sua morte. O nome dado a este romance inédito foi Paixão segundo Mateus. Este livro tem na sua narrativa uma história misteriosa que mistura  sentimentos angustiantes e divinos de um seminarista que se vê envolvido numa trama que nos arranca suspiros e compaixão. Vale super a pena se deliciar com esta leitura!

Resumindo Cony; ele é um homem que teve ideias memoráveis, sempre falou o que pensava, com a sua forte personalidade, e jamais será esquecido. Sem dúvidas, Carlos Heitor Cony é um imortal.

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